domingo, 13 de fevereiro de 2011

"O Ritual" - No que devemos acreditar?


Até que ponto se colidem o acreditar e o não acreditar, não há uma linha separando o bem o mal, da mesma forma que nunca sabemos se estarmos certos ou não, por mais que acreditamos em algo nunca temos a certeza, se temos, realmente ela há?

Até que ponto um cético pode acreditar em algo que acha impossível, infindável. Há muito mais mistérios na vida do que a nossa própria vida pode nos contar, a dúvida sempre é a mesma: de onde viemos, quem somos, o que há lá fora, para onde vamos e uma única certeza, a morte. Alguns se agarram a crenças, outros buscam a través da razão, mas nem para todas as perguntas há respostas, se é que as respostas realmente são o que dizem ser.

Há aqueles que se agarram ao que consideram a realidade, outros tentam de N formas explicar cientificamente o que parece inexplicável, neste quebra-cabeças conhecemos Michael Koak – Colin O'Donoghue, um cético seminarista que questiona os dogmas religiosos antes de fazer seus votos, em que tenta provar que uma possessão na verdade se trata de um um fator psicológico, se apegando a Ciência para justificar o desconhecido. Através do conselho de seu superior é enviado ao Vaticano, para um curso de exorcistas, uma profissão em falta de acordo com a trama.

Em contrá partida o Lucas Trevant, interpretado por Anthony Hopkins um grande exorcista, mostra o outro lado da história, levando Koak a participar de rituais de exorcismo. Os rituais e o forte diálogo entre esse tema são a fonte da trama, que é baseada em um caso real.


Alice Braga também faz parte do elenco e vive a pele da jornalista Angelina Vargas, que participa do curso para montar uma reportagem sobre o tema, mas sua participação nos exorcismos é limitada, os acontecimentos são confidenciados pelo aspirante a padre, um paralelo entre a fé e a descrença.


Assim como todos os filmes do gênero, logo ao ouvir a palavra exorcismo nos remete ao tantos outros já lançado, mas a grande diferença em o Ritual está no apelo ao diálogo entre crer e não acreditar, não apenas a um caso especifico, ou apenas a efeitos, sem mostrados os dois lados de uma mesma história. É um filme para mexer com o que acreditamos, ou não. Nos coloca como participantes, como seres pensantes dos acontecimentos relatados ali aos nossos olhos, levanta questões, relata contextos, é um filme para assistir e tirar conclusões.


O longa é uma adaptação do livro The Rite – The Making of a Modern Exorcist, do jornalista Matt Baglio. O filme já está nos cinemas , uma coisa é certa, irá mexer com você.



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